Consideramos como sendo quase um
milagre que este livro tão antigo tenha sido aceito pelo povo de Israel como parte
dos “oráculos de Deus” (ARA), que foram
“confiados” em suas mãos (Rm 3:2). Jó
deve ter sido contemporâneo de Abraão, mas certamente não era de origem abraâmica
e, portanto, era um gentio, e ainda assim nos foi apresentado com palavras de louvor
que dificilmente achamos concedidas a qualquer filho de Israel. Além disso, no livro
não há alusão à lei na qual o judeu se vangloriava. Portanto, não havia nada que
atraísse particularmente o judeu, mas sim aquilo que poderia ofendê-lo. No entanto,
através dos séculos, o livro permaneceu e chegou até nós.
Nisso vemos não só a sabedoria de Deus, mas a Sua misericórdia também. Assim
que o pecado entrou no mundo, um problema desconcertante se apresentou na morte
do justo Abel. Por que os piedosos deveriam sofrer? Se a vida de um homem realmente
agrada a Deus, por que esse prazer não poderia ser indicado por um bem estar especial
na vida desse homem? Existe, é claro, o problema inverso: Por que os ímpios prosperariam?
Isso é tratado no Salmo 73. Porém, muito antes dos dias dos salmistas, Deus achou
conveniente em Sua misericórdia resolver o enigma para nós, permitindo que uma extrema
catástrofe viesse sobre Jó, e fazendo com que a história fosse registrada e preservada
num relato inspirado. A solução foi dada assim que “os oráculos de Deus” começaram a aparecer.
No primeiro versículo, o escritor inspirado
– quem quer que tenha sido – deixa muito claro o caráter excepcional de Jó, e no
versículo 8 ele registra que uma descrição precisamente semelhante dele havia saído
dos lábios do próprio Jeová, mas com o acréscimo de que, em sua piedade, ele superou
seus contemporâneos, pois “ninguém há na
Terra semelhante a ele”. De todos os homens, portanto, aqui estava o homem sobre
quem o sorriso do Todo-Poderoso deveria descansar.
E, de fato, ele havia prosperado
bastante na providência de Deus. Ele tinha uma família muito favorecida e imensos
rebanhos de animais, os quais representavam riqueza naqueles dias. Ele foi o maior de entre os homens do Oriente, assim como
o mais
piedoso. Sua piedade abrangeu
sua família, assim como a si próprio, pois ele oferecia holocaustos por seus
filhos nos dias de suas festividades, para que não houvesse, de nenhuma forma, alguma
ofensa. Essa é a imagem apresentada desse homem notável.
Nos versículos 7-12, nos é concedido um
vislumbre nos bastidores deste mundo. Satanás, embora sendo uma criatura caída,
ainda tem acesso permitido à presença de Deus. Sua expulsão, sendo lançado à Terra,
mencionada em Apocalipse 12, ainda é futura. Ele é mencionado nesse capítulo como
“o acusador de nossos irmãos”, e é exatamente
isso que o vemos fazendo aqui: ele não muda. Ele acusou Jó de egoísta em sua visível
piedade: em outras palavras, que ele era em grande parte um hipócrita – exatamente
o que encontraremos os seus três amigos insinuando. Satanás praticamente desafiou
Deus a testar Jó por alguma catástrofe, quando a piedade profunda de Jó seria derrubada
e ele amaldiçoaria o Deus a Quem Jó professava considerar.
O Senhor aceitou o desafio de Satanás e
permitiu ao adversário agir contra tudo o que Jó tinha, mas não contra ele mesmo.
Satanás agiu prontamente e as catástrofes vieram com um efeito devastador.
Foi uma cena muito instrutiva. Percebemos
três causas e dois efeitos. A primeira grande causa
é Deus. A segunda causa inferior é Satanás. A terceira causa ainda menor – ou antes,
as causas – os sabeus (v. 15), os caldeus (v. 17) e o que os homens chamariam de
forças da natureza (vs. 16, 19). O primeiro efeito foi uma varredura completa de
toda a família e posses de Jó: o segundo e derradeiro efeito foi um golpe esmagador
contra Jó.
O que deve ter se tornado tão esmagador
para Jó foi o fato de que quatro agentes diferentes foram empregados. Se uma calamidade
gigantesca tivesse atingido tudo, o efeito em sua mente provavelmente não teria
sido tão grande. Mas quatro calamidades separadas,
todas
em um dia, e duas delas sendo o que poderíamos chamar hoje
de “atos de Deus”, devem
ter feito da ação maliciosa de Satanás algo desestruturador além de todos os nossos
pensamentos ou palavras. Arriscamo-nos a pensar que esse conjunto de catástrofes,
caindo sobre um homem em um dia, nunca foi igualado em toda a história do mundo.
A piedade de Jó se provou ser não
meramente superficial. Deus sabia como sustentar Seu verdadeiro servo, e ele resistiu
à prova e não amaldiçoou a Deus. Satanás foi demonstrado como um mentiroso e derrotado.
As palavras de Jó “o Senhor deu, e o
Senhor tirou” (AIBB) têm sido repetidas milhões de vezes por santos entristecidos,
que também bendisseram a Deus em vez de amaldiçoá-Lo, assim como Jó.
Satanás, no entanto, retornou à acusação,
embora Deus pudesse novamente dar Seu testemunho ao notável caráter de Jó. Ele sabia
muito bem que o próprio corpo de um homem é mais chegado e mais estimado do que
tudo o que ele possa possuir, então ele disse: “Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida”. Esta
observação do diabo foi uma vez citada em tribunal por um advogado, na intenção
de favorecer sua causa. Antes de citar esse versículo ele fez a seguinte
introdução: “Como uma grande autoridade disse...”, sentindo que estava bastante
seguro quanto ao seu poder de convencimento uma vez que citou a Bíblia! O juiz,
que conhecia sua Bíblia melhor do que o advogado, disse calmamente: “Estou interessado
em observar quem o sábio advogado cita como sendo ‘uma grande autoridade!’”
Será útil, portanto, lembrar aos leitores
de que, neste livro, citamos não apenas as palavras de Satanás, mas também muitas
palavras de homens, algumas delas verdadeiras o suficiente, como mostram outras
escrituras, mas outras muito abertas a questionamentos. Nenhum desses homens que
falaram foram inspirados em suas declarações, embora tenhamos um relato inspirado
do que eles disseram, para que a imagem apresentada seja perfeitamente verdadeira.
Nunca devemos ignorar a diferença entre revelação e inspiração. Toda a Escritura é inspirada por
Deus, mas nem toda palavra encontrada nela é uma revelação de Deus. Quando Salomão
escreveu, por exemplo: “Não há nada
melhor para o homem do que comer, beber” (Ec 2:24), ele não estava proferindo
uma revelação de Deus, mas sua própria tolice – inspirado
a registrá-la para nosso aviso.
Mas, voltando à nossa história, com a permissão
dada por Deus, Satanás afligiu o pobre Jó com uma doença tão virulenta como jamais
registrada, embora não tenha tido permissão para tirar a vida dele. Seu estado se
tornou tão assustador e repulsivo que sua própria esposa o incitou ao pecado que
Satanás havia planejado para que ele cometesse. Apenas ela foi poupada da
família e, assim, tornou-se, talvez sem querer, uma incentivadora do desígnio de
Satanás. Mas, novamente, apoiado por Deus, Jó resistiu à prova e não pecou com os
lábios. O registro da reação de Jó é desta vez mais negativo do que positivo, notamos
que Satanás ainda foi derrotado e, a partir desse ponto, ele desaparece da história.
Aqui, portanto, a história poderia terminar,
se o objetivo dela fosse apenas nos mostrar como o poder de Deus triunfa sobre as
ações malignas do adversário. Isso é de fato claramente manifestado, mas havia outro
ponto; o de demonstrar como esse mesmo poder, juntamente com Sua bondade perscrutadora,
triunfou na consciência, no coração e na vida de Seu santo provado, transformando
finalmente a catástrofe mais tenebrosa em rica bênção, tanto espiritual como materialmente.
Como um primeiro passo nessa direção, os
três amigos de Jó apareceram em cena. No final de Jó 2, eles são apresentados e
o que é registrado indica que eles vieram cheios de empatia e com a melhor das intenções.
O registro das calamidades de Jó e o horror de seu estado corporal os levou às lágrimas,
e os surpreendeu tanto que, durante uma semana inteira, ficaram sentados em sua
presença, sem palavras. A realidade de tudo isso excedeu em muito o que eles ouviram.
Terrível deve ter sido isso a ponto de reduzi-los a essa condição sem palavras.
As expressões de empatia que eles pretendiam proferir se congelaram em seus lábios.
Mas a semana do silêncio teve que terminar.
A presença deles, as lágrimas, os mantos rasgados, o pó sobre a cabeça afetaram
Jó e finalmente o levaram a quebrar o silêncio. Ele abriu a boca e amaldiçoou o
seu dia. Ele não amaldiçoou a Deus, note-se. Ele lançou uma maldição no dia em que
nasceu; deplorando o fato de ele não ter morrido quando sua mãe lhe deu à luz. Ele
antecipou que, se nunca tivesse visto a luz, estaria “deitado e quieto” (cap. 3:13 – TB) e não nessa aflição terrível. Nos
dias de Jó, não havia muita luz quanto ao mundo invisível, mas ele sabia que a morte
não significava extinção do ser, mas para o descanso dos santos e liberdade dos
problemas causados pelos ímpios, como os que ele
experimentara dos sabeus e caldeus. “Ali
os ímpios cessam de perturbar” (Jó 3:17 – AIBB); de perturbar outras pessoas, não de serem perturbados.
Lá aqueles cuja força está esgotada estão em repouso.
Entre a humanidade quase universalmente,
um aniversário é uma ocasião de lembrança e gozo. Para o pobre Jó, pareceu um momento
para ser deplorado e amaldiçoado. Nos seus dias de prosperidade, ele temia que algum
tipo de adversidade pudesse sobrevir. Agora isso o atingira com uma força incomparável.
Sua expressão agonizada, registrada em Jó 3, certamente provoca nossa empatia enquanto
a lemos, cerca de quatro mil anos depois de ter sido falada.
O silêncio de uma semana sendo quebrado,
Elifaz se comoveu a falar. Suas primeiras palavras, no início de Jó 4, têm um espírito
gentil e atencioso. Ele reconheceu que Jó havia sido um ajudador e provedor de outros,
mas fez uma pergunta pertinente no versículo 6, onde J. N. Darby traduz como: “Não tem sido tua piedade a tua confiança,
e a perfeição dos teus caminhos a
tua esperança?”
Aqui, acreditamos, Ele colocou o dedo no
ponto fraco de Jó, como é mostrado no restante do livro. O caráter e os modos de
Jó eram excelentes, certificados pelo próprio Deus, mas, sendo assim, quão sutil
é a armadilha para torná-los a base da confiança e esperança de alguém e construir
tudo sobre isso, tanto diante de Deus quanto diante dos homens. É o que vários santos
muito piedosos têm feito desde os dias de Jó.
Mas em seu próximo parágrafo (vs. 7-11),
Elifaz entende mal toda a situação. Ele pergunta: “Quem sendo inocente pereceu?” (cap. 4:7 – JND) Sem dúvida, ele não
conhecia Gênesis, aquele livro provavelmente não tendo sido escrito em seus dias,
mas as coisas antigas eram conhecidas pela tradição cuidadosamente preservada. O
que dizer de Abel? Ele pereceu sendo inocente. Ora, a primeira tragédia registrada
depois que o pecado entrou no mundo invalida a posição que Elifaz assumiu. O justo
Abel foi cortado. Daí a ideia, que ele elaborou usando a imagem dos leões, se desfez.
O resultado da catástrofe não significa necessariamente que aqueles que o colhem
“lavram iniquidade e semeiam o mal”.
Do versículo 12 em diante, o ponto de vista
de Elifaz vem mais claramente à luz. Ele começa a relatar uma experiência bastante
aterradora pela qual passou, quando viu alguma aparição de um espírito, e recebeu
uma palavra de advertência quanto à fragilidade e impureza do homem na presença
de seu Criador. O que ele ouviu é perfeitamente verdade. Nenhum homem mortal pode
ser mais puro ou mais justo do que Deus. Em ambos os aspectos, ele fica infinitamente
aquém da glória de Deus.
Quando abrimos em Jó 5, encontramos Elifaz
continuando com essa nota e novamente ele se refere ao que havia visto. O versículo
3 começa: “Bem vi eu...” E se formos
para Jó 15, onde está gravado seu segundo discurso, novamente o encontraremos dizendo:
“te contarei o que tenho visto” (cap. 15:17 – TB). É evidente,
então, que seu argumento se baseia principalmente no valor de sua própria capacidade
de observação. Ele
confiava nessas capacidades, para formar sua opinião quanto ao significado das calamidades
que caíam sobre Jó.
Algumas das palavras de Elifaz neste capítulo
são perfeitamente verdadeiras: por exemplo, “homem nasce para o enfado, como as faíscas das brasas voam para cima”
(cap. 5:7 – ARA), neste mundo de pecado. Novamente, sem dúvida é verdade que Deus
“apanha os sábios na sua própria astúcia”
(v.13) e que “bem-aventurado [feliz – TB] é o homem a quem Deus corrige” (v.17 – AIBB). Mas podemos ver que todos
esses fatos progridem de uma maneira que os fez se colocarem contra o pobre Jó.
Ele viu homens lançar raízes e, de repente, amaldiçoados, mas
estes eram “os loucos [tolos – JND]”. Além disso, seus filhos foram feridos e ladrões tragaram suas posses.
É óbvio que todas essas observações levaram uma insinuação contra Jó. Ele parecia
ser sábio, mas agora fora levado por sua astúcia – assim parecia a Elifaz.
O conselho dado no final de seu discurso
foi bom. Jó não deve desprezar o castigo do Todo-Poderoso, mas sim aceitar a correção,
e então a maré do mal se transformaria e a bênção apareceria. Os versículos finais
falam da libertação de Deus chegando – de uma prosperidade renovada. O versículo
24 diz: “Saberás que a tua tenda está em
paz, visitarás o teu rebanho, e nada te faltará”. O versículo 25 fala de uma
numerosa posteridade e o versículo 26 do próprio Jó chegando ao seu fim na velhice.
De fato, essas coisas marcaram os últimos
dias de Jó como sabemos, mas a insinuação era que a ausência de tal prosperidade
naquele momento era punição de Deus por seu pecado que havia permanecido oculto
em sua vida no passado. Elifaz encerrou sua fala afirmando com confiança a verdade
de seus comentários. “Assim é”, declarou
ele, pois ele já o havia inquirido e visto por si mesmo.
Com tudo isso, no capítulo 6 Jó foi instigado
a responder, e ele começa reconhecendo que as flechas que o feriram eram do Todo-Poderoso,
mas esses amigos não tinham um senso adequado do peso de sua calamidade e tristeza.
Animais saciados não expressam angústia por zurros ou mugidos, de modo que ele não
clamou sem uma causa ampla. Ele estava sendo alimentado com “comida repugnante” (v. 7 – ARA) e desejava
que Deus terminasse com ele completamente, em vez de prolongar sua miséria.
Dos versículos 14-23, Jó censura seus amigos.
Ele era o aflito a quem seus amigos deveriam ter pena, se desejassem andar no temor
de Deus, mas, pelo contrário, estavam começando a tratar com ele de maneira enganosa.
Eles eram como riachos que se secavam pelo calor, exatamente quando eram mais necessários
pelas caravanas de Tema ou Sebá.
No versículo 24, começa um apelo mais direto.
Ele desafiou seus amigos a deixarem vagas insinuações e darem lugar a acusação direta.
Que lhe mostrassem onde errou, para que, ensinado por eles, Jó pudesse se calar.
Ele observou com razão: “Oh! Como são
persuasivas as palavras retas!” (ARA), mas o que produziu as “censuras” ou “repreensões” de Elifaz? Quantas vezes entre os irmãos em Cristo há
vagas insinuações, ou mesmo acusações, que causam estragos, onde “palavras certas”, baseadas em fatos específicos,
teriam se mostrado persuasivas e produziriam o bem.
A resposta de Jó continua em Jó 7, e aqui
seu discurso parece se dividir em duas partes; versículos 1-10 e 11-21. Não se pode
ler a primeira seção sem ser comovido pelos seus apuros. Ele próprio os sentiu profundamente
e, portanto, expressou-os de maneira comovente. “meses de desengano” e “noites
de aflição [cansativas – JND]” eram sua porção, de modo que, assim como
um empregado ou trabalhador ansiava pela sombra da noite e pelos salários, ele ansiava
pelo fim. Como a lançadeira do tecelão, seus dias fugiram e ele ficou sem esperança.
Seu comovente estado é descrito de maneira mais vívida e seus amigos deveriam estar
mais cheios de compaixão.
Mas na segunda parte, Jó evidentemente
voltou-se para Deus e começou a se dirigir a Ele com sua amarga queixa. Ele percebeu
sua própria pequenez. Ele não era algo grande como um mar ou um monstro marinho,
e, nos versículos 13-16, ele clama que suas próprias noites são um tormento com
sonhos e visões de terror que, ele sente, vêm de Deus. Ele abomina sua vida presente
e diz a Deus que deseja morrer.
Mas é perceptível como o tom de sua queixa
e clamor muda, quando ele se volta para Deus a partir da presença de seus amigos.
Ele é imediatamente levado a perceber a insignificância e até a pecaminosidade da
humanidade. Seu clamor é: “Que é o homem...?” (v. 17) e embora ele não pudesse responder
à pergunta com a luz mais clara concedida a Davi no Salmo 8, ou com toda a luz do
Novo Testamento, ele sabia o suficiente para admitir que o homem não é o que deveria
ser, e que é uma maravilha que Deus movesse Seu coração para com ele.
No versículo 20, ele vai ainda mais longe.
Ele percebeu que Deus não o deixaria em paz e ele confessa pecar. A tradução de
J. N. Darby traduz o versículo: “Pequei,
o que faço para ti, o Observador dos homens?” e entendemos que “Observador” e não “Guarda” é a tradução correta. Ele sabia que estava sob o olhar de Deus,
Aquele que podia perceber o erro onde Jó mal estava ciente disso. E por que Deus
não concedeu perdão e removeu o peso de sua carga?
Assim, desde o início, Jó admitiu alguma
consciência de culpa, mas, ainda assim, fortalecido por uma vida de piedade e retidão
exterior, ele não percebeu a magnitude de sua culpa. Deus estava começando o processo
que o levaria a ver quão profunda e tenebrosa era.
O que temos visto dessa mesma coisa em
nós mesmos? Temos chegado à confissão de Paulo: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum”
(Rm 7:18)?
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